"A influência da Ana Cristina César é evidente. Assim como os poemas de Ana C., os versos brancos de Alice são despojados e repletos de imagens prosaicas: o botão do elevador, o chão de taco, a bala de tamarindo. É uma poesia sem tailleur, de calça jeans e Havainas, que aloca sua força justamente nessa aparente simplicidade."
"Vamos lá. Nacional é a Ana Cristina Cesar, sem dúvida. Foi por causa dela que comecei a gostar de poesia. Eu antes lia aqueles poemas antiiiigos, os sonetos bonitos mas meio distantes, e pensava que aquela não era a minha. Aí fui encontrar por acaso na internet um poema da Ana C., que falava sobre filete de sangue nas gengivas, e fiquei eletrizada. Comprei tudo dela e em menos de um mês fui parar na casa do Armando Freitas Filho. Eu devia ter 15 anos e estava escrevendo uns versinhos."
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Alice Sant´Anna e dobraduras
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